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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Eduardo I


  • Eduardo I de Inglaterra


  • nasceu a 17 de Junho de 1239
  • morreu em Burgh-a-Sands, Cumberland, na fronteira escocesa a 7 de Julho de 1307, cognominado Longshanks,(Pernas longas)

  • foi um Rei de Inglaterra da dinastia Plantageneta entre 1272 e 1307.
  • Era filho de Henrique III de Inglaterra, a quem sucedeu em 1272, e de Leonor da Provença. Durante o seu reinado, a Inglaterra conquistou e anexou o País de Gales e adquiriu controle sobre a Escócia.
  • Reinado

Eduardo mostrou ter uma personalidade e estilo de governação bastante diferentes do seu pai, que procurava reinar por consenso, resolvendo crises de forma diplomática.

A primeira prova do seu carácter forte surgiu em 1265, ainda enquanto herdeiro, quando derrotou decisivamente o rebelde Simão de Montfort, Conde de Leicester na batalha de Evesham, perseguindo depois todos os seus apoiantes e família.

Suas acções garantiram uma reputação de violência e falta de misericórdia para com os seus adversários.

Em 1270, Eduardo juntou-se ao movimento das Cruzadas em parceria com o rei Luís IX de França.

Devido aos ataques continuados aos estados cruzados do Levante, São Luís decidiu lançar uma Oitava Cruzada, para a qual se apresentaram os seus filhos, além de numerosos príncipes e senhores.

Partiram em direcção a Túnis a 4 de Julho de 1270. Mais uma vez no mar, outra grande tempestade dispersou as embarcações e impediu muitas outras de partir.

São Luís esperava converter o sultão de Túnis ao cristianismo para, aliados, atacarem o sultão do Egipto. No entanto, depois da rápida conquista de Cartago pelos cruzados, este não permitiu sequer o desembarque da armada europeia. Iniciou-se um confronto, com os franceses assediando vários pontos nevrálgicos dos inimigos e a própria capital. Como esta resistisse, decidiram domina-la cortando os víveres.

Mas as doenças da cidade atingiram também o exército francês. Luís IX viu morrer seu filho João Tristão, nascido durante o seu cativeiro no Egipto, e pouco depois morreria ele mesmo, a 25 de Agosto de 1270, precisamente 22 anos após a sua partida para a Sétima Cruzada.

Tradicionalmente tem sido aceite que fora vitimado pela peste bubónica, mas estudos recentes indicam a sua morte por disenteria.

Enquanto se encontrava na Terra Santa, Henrique III faleceu e Eduardo regressou a Inglaterra para reclamar a coroa em 1274.

Em 1282, os nobres do País de Gales, liderados pelos príncipes Llywelyn e Dafydd, revoltaram-se contra a presença inglesa. Eduardo lançou contra eles toda a sua força militar e derrotou o exército rebelde.

Para além de perseguir até ao último os nobres galeses, Eduardo fortificou o país de forma a assegurar a sua posição.

Sem mais família real ou aristocracia digna de tomar iniciativa, o País de Gales foi incorporado em Inglaterra em 1284 através do Estatuto de Rhuddlan.

Para financiar a sua expedição contra Gales, Eduardo impôs um novo sistema de impostos aos usurários judeus, o que deixou muitos deles na bancarrota.

Quando não puderam mais contribuir, Eduardo acusou-os de falta de lealdade ao Estado e passou a persegui-los.

Cerca de 300 chefes de família foram assassinados na Torre de Londres e muitos mais no resto de país.

Em 1290, Eduardo expulsou os últimos judeus de Inglaterra. Os judeus só puderam regressar à Inglaterra no século XVII, após a missão bem-sucedida de Menasseh ben Israel, que pediu a Oliver Cromwell a permissão de entrada no país para os judeus neerlandeses.

Depois destes episódios contra Gales e o povo judaico, Eduardo virou as suas atenções para a Escócia, onde se vivia uma crise dinástica depois da morte da rainha-criança Margarida I da Escócia, que morreu num naufrágio em 1290.

O seu plano inicial era casar o seu herdeiro Eduardo com Margarida e assim concretizar a anexação, mas quando esta morreu com apenas sete anos, Eduardo I foi convidado pela nobreza escocesa a escolher o novo rei.

Em 1291, a escolha recai sobre John Balliol, um homem extremamente impopular, o que resultou na primeira das guerras da independência da Escócia.

O herói desta guerra contra Eduardo I foi William Wallace, cuja vida fantasiada foi retratada no filme Braveheart. Após mais de dez anos de conflito, Wallace foi feito prisioneiro à traição e executado brutalmente para dar o exemplo.

O efeito foi o oposto visto que os escoceses se motivaram ainda mais pela independência através do martírio de Wallace.

A vida de Eduardo I não foi melhor depois disso. Ele perdeu sua amada primeira esposa, Leonor, e seu herdeiro, Eduardo II, também não era o que ele esperava.

O plano de conquistar a Escócia acabou por fracassar.

Em 1307 ele morreu em Burgh-a-Sands, Cumberland, na fronteira escocesa, a caminho de uma outra campanha contra esses últimos que, ironicamente, estavam sob a liderança de Robert Bruce, amigo de Wallace.

Eduardo foi sepultado na Abadia de Westminster, em uma tumba de mármore preto, que nos últimos anos foi pintado com as palavras Edwardus Primus Scottorum malleus hic est, pactum Serva (Aqui está Eduardo I, martelo escocês. Mantenha a Fé).

Em 2 de Janeiro de 1774, a Sociedade de Antiquários abriu o caixão e descobriu que seu corpo havia sido perfeitamente preservado por 467 anos. Seu corpo foi medido em 6 pés 2 polegadas (188 cm).

  • Descendência
  • De sua primeira mulher, a princesa Leonor de Castela (1240-1290)
1-Catarina (1264)
2-Joana (1265)
3-João (1266-1271)
4-Henrique (1268-1274)
5-Leonor Plantageneta (1268-1297), casou com Afonso III, Rei de Aragão e com Henrique III, Conde de Bar
6-Joana Plantageneta (1272-1307), casou com Gilberto de Clare, Conde de Gloucester
Afonso, Conde de Chester (1273-1284)
7-Margarida Plantageneta (1275-1333), casou com João II, Duque de Brabante
8-Berengária (1276-1278)
9-Maria Plantageneta (1279-1332), freira
10-Isabel Plantageneta (1282-1316), casou com Humphrey VIII de Bohun, Conde de Hereford e Essex
11-Eduardo II, Rei de Inglaterra (1284-k.1327)
12-Beatriz, princesa de Inglaterra (1286)
13-Branca, princesa de Inglaterra (1290)

  • De sua segunda mulher, a princesa Margarida de França (1275-1317)
14-Tomás Plantageneta, Conde de Norfolk (1300-1338)
15-Edmundo Plantageneta, Conde de Kent e Arundel (1301-e.1330)
16-Leonor (1306-1311)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Henrique III



Henrique III

Nasceu em Winchester a 1 de Outubro de 1207
Morreu no Palácio de Westminster a 16 de Novembro de 1272

Rei de Inglaterra e duque da Aquitânia entre 1216 e 1272.
Até 1259 foi também duque da Normandia e conde de Anjou, embora apenas nominal, visto que estes territórios tinham sido conquistados e anexados pelo rei Filipe II de França em 1204.

Henrique III era filho de João I de Inglaterra e da sua segunda mulher Isabel de Angoulême e sucedeu ao pai com apenas nove anos.


O longo reinado de Henrique foi marcado por disputas internas e assistiu à revolta de Simão de Montfort, Conde de Leicester.

Simão de Monforte é originário da casa de Monforte-Amaury, uma família de barões de Île-de-France pelo lado paterno, Simão III de Monforte, e da nobreza anglo-normanda pelo lado de sua mãe, Amicie de Beaumont, dama de Leicester.
Seu avô, Amaury III de Monforte foi conde de Évreux e Senescal da França. Seu pai Simão era gruyer real da floresta de Yvelines. Sua mãe era herdeira da metade do condado de Leicester e tinha o direito ao título de Senescal da Inglaterra. Os detalhes de sua infância são desconhecidos.


Apesar de cunhado de Henrique III, Leicester não lhe fez a vida fácil e foi o responsável pela convocação da primeira sessão do parlamento britânico, ao abrigo das disposições da Magna Carta.

Em 1264, Henrique é derrotado em batalha de Lewes e feito prisioneiro.

No ano seguinte, por iniciativa do seu herdeiro Eduardo, que derrotou decisivamente o rebelde Simão de Montfort, na batalha de Evesham, é libertado e reprime com violência os últimos focos de revolta.

Por volta de 1270, Henrique abdica em tudo menos no aspecto formal para Eduardo e morre em 1272 com 65 anos.

Encontra-se sepultado na Abadia de Westminster em Londres.

  • Descendência

  • De sua mulher, Leonor da Provença:
1-Eduardo I, rei de Inglaterra (1239-1307)
2-Margarida Plantageneta (1240-1275), casou com Alexandre III da Escócia.Tiveram 3 filhos
  • está sepultada na abadia de Dumferline.
3-Beatriz Plantageneta (1242-1275), casou com João II, Duque da Bretanha.Tiveram 6 filhos
4-Edmundo, conde de Leicester (1245-1296)
5-Catarina (1253-1257)-Faleceu com 4 anos

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

D,João I


João I de Inglaterra ou João Sem Terra

Nasceu em Oxford, 24 de Dezembro de 1166
Morreu no Castelo de Newark, Nottinghamshire, 18 de Outubro de 1216

Pela Graça de Deus, Rei de Inglaterra, Senhor da Irlanda, Duque da Normandia e da Aquitânia e Conde de Anjou

Quinto filho de Henrique II, não herdou nenhuma terra quando da morte de seu pai, fato que lhe deu o seu cognome.
Passou à História como o rei que assinou a Magna Carta, considerado o início da monarquia constitucional em Inglaterra.
  • Primeiros anos
Era o mais novo entre os cinco filhos do rei Henrique II de Inglaterra e Leonor da Aquitânia e não se esperava que sucedesse ao trono.

Foi, no entanto, o único dos filhos legítimos de Henrique II que não se revoltou contra o poder do pai. Talvez, como compensação, João foi nomeado Senhor da Irlanda em 1185.

O seu governo foi desastroso e foi obrigado a abandonar o território poucos meses depois.

Em 1188, Henrique tentou tornar João Duque da Aquitânia, em substituição de Ricardo Coração de Leão, que considerava de pouca confiança.

O resultado foi catastrófico para Henrique II, que morreu durante a expedição punitiva organizada contra Ricardo.

Ricardo ascendeu ao trono e, antes de partir para a Terra Santa, nomeou como seu sucessor e herdeiro da coroa o sobrinho Artur.

Entre 1189 e 1194, João foi a figura mais importante de Inglaterra durante a ausência de Ricardo, primeiro em cruzada, depois no cativeiro na Alemanha.

João insurgiu-se contra Ricardo e, aliando-se de novo ao rei da França, apoderou-se da alta Normandia e da Touraine.

Foi a si que coube a tarefa de reunir os 150,000 marcos necessários para pagar o resgate de Ricardo a Henrique VI, Imperador do Sacro Império.
Esta soma representava na altura uma verdadeira fortuna que obrigou à imposição de impostos especiais e deixou Inglaterra na bancarrota.

Talvez devido a isto, João não foi um regente popular e é frequentemente retratado como vilão em histórias como Ivanhoé ou nas lendas de Robin Hood. Ricardo, no regresso, concedeu-lhe o perdão e, pouco antes de morrer, proclamou-o herdeiro do trono.

  • Ascensão ao trono inglês (1199)
João sucedeu na coroa de Inglaterra em 1199, depois da morte de Ricardo Coração de Leão numa batalha em França.
Repudiou então a esposa Isabel de Gloucester

casamento foi anulado Por razões de consanguinidade eram primos, ambos descendentes de Henrique I. Como resultado, a Isabel nunca foi reconhecida como rainha da Inglaterra e seu antigo título foi incorporado na coroa.

e contraiu matrimónio com Isabel de Augoulême. João, entretanto, não foi aceite logo por todos os seus súditos. Na Normândia, os nobres preferiram a pretensão de Artur I, Duque da Bretanha, o seu sobrinho de doze anos.


Para resolver o problema, João invadiu o Ducado da Bretanha em 1202 e Artur I apelou para a ajuda do rei Filipe II de França e declarou-se seu vassalo. Artur foi capturado, e possivelmente assassinado, no ano seguinte, mas já era tarde demais para impedir a intervenção dos franceses.

Foi denunciado por Filipe II Augusto perante a Corte dos pares por ter raptado Isabel de Angoulême, que justificou que em 1204, Filipe II tenha invadido e conquistado a Normândia e o Condado de Anjou.

Depois da morte de João, Isabel ajudou na coroação do filho e voltou para Angoulême.

Levou com ela a filha Joana, que havia sido prometida em casamento a seu antigo noivo, Hugo de Lusignant, Isabel acabou superando a filha e se casou com Hugo. A filha voltou para a Inglaterra e acabou casando com Alexandre II da Escócia.

Hugo de Lusignant, perdidamente apaixonado e feliz pelo reencontro com a noiva tornou-se um escravo da beleza e da sensualidade de Isabel. Ao morrer, Isabel foi homenageada pelo filho e rei da Inglaterra, que colocou na lápide da mãe a inscrição: "Isabel de Angoulême: Nunca houve uma mulher tão bela

Os aliados de João Sem Terra, entre os quais o imperador germânico Oto IV, foram batidos em Bouvines (1214), sendo ele mesmo vencido em Roche-aux-Moines. João nunca conseguiu recuperar estes territórios e as possessões inglesas no continente limitaram-se a partir de então ao Ducado da Aquitânia.

Para Philippe Contamine, "a batalha de Bouvines teve, ao mesmo tempo, importantes conseqüencias e uma grande repercussão". Oto perdeu sua coroa e o Sacro Império Romano Germânico viria a desintegrar-se

Enquanto rei, João procurou reorganizar as finanças do seu país, debilitadas depois do resgate pago pela libertação de Ricardo.

Uma das medidas que tomou foi instituir um novo imposto sobre os nobres que falhavam na sua obrigação de fornecer soldados e material militar à coroa.

Além disso, João acabara de perder territórios para França e interferiu na escolha do Arcebispo da Cantuária, não aceitando o candidato do Papa Inocêncio III, o que lhe valeu o desagrado do Sumo Pontífice e sua excomunhão em 1211.

O rei respondeu com o confisco dos bens eclesiásticos. Os nobres viram esta repreensão da Igreja como um incentivo à revolta e em breve o país encontrava-se em estado de quase guerra civil.

Para não perder o valioso apoio de Roma, no entanto, o monarca, em 1213, submeteu-se ao papa e enfeudou seus reinos à Santa Sé.

  • Fracasso na França e rebelião dos barões na Inglaterra
  • João sem Terra assina a Magna Carta.
Depois de fracassar na tentativa de recuperar seus domínios na França, regressou à Inglaterra.

Ali enfrentou a rebelião dos barões, os quais obrigaram-no, perto de Londres em em 15 de Junho de 1215, a assinar, outorgar e jurar a Magna Carta (ou Carta Magna) aos barões e à burguesia, insatisfeitos com sua política.

A Magna Carta, que que limitou o poder monárquico, era um tratado de direitos, mas principalmente deveres, do rei para com os seus súditos. Considera-se que este tratado marca o início da monarquia constitucional em Inglaterra.

A cláusula mais importante para João, naquele momento, era a 61ª, conhecida como "cláusula de segurança" e a mais extensa do documento. Estabelecia um comité de 25 barões com poderes para reformar qualquer decisão real, até mesmo pela força se necessário.

João não pretendia honrar a Magna Carta, já que esta havia sido selada sob coerção; ademais, a cláusula 61 anulava, para todos os efeitos práticos, as suas prerrogativas como monarca

João pediu ajuda ao papa, que o eximiu do juramento. O rei passou a ignorar todos os pontos do documento.

Em 1216, muitos barões descontentes com o péssimo reinado de João Sem Terra, apoiaram a invasão da Inglaterra pelos franceses liderados pelo príncipe Luis VIII de França e ofereceram o trono a este.

Ele foi proclamado "Rei de Inglaterra" em Maio desse ano mas nunca foi coroado. Luis aceitou o cargo com grande pompa e celebração na Catedral de St. Paul, em Londres onde muitos nobres incluindo o próprio Rei Alexandre da Escócia, estavam presentes e juraram-lhe vassalagem.

Porém havia ainda um pequeno foco de resistência a ele e após um ano e meio de guerra, a maioria dos barões rebeldes foi derrotada e Luis teve que desistir do trono da Inglaterra ao assinar, em 1217, o Tratado de Lambert.

Nele, Luis concordava que ele nunca fora um legítimo Rei de Inglaterra.

A morte de João Sem Terra e o apoio para o jovem Henrique III acabaria por apressar esses factos.

João sem Terra morreu em Newark, Inglaterra, em 18 de Outubro de 1216, possivelmente envenenado por um abade irritado por ele ter tentado seduzir uma freira e encontra-se sepultado na catedral de Worcester.

Subiu ao trono seu filho Henrique III.

Descendência

  • 1-Henry III da Inglaterra (1 de outubro de 1207 - 16 Novembro 1272)
  • 2-Richard, Conde de Cornwall e Rei dos Romanos (5 de janeiro de 1209 - 2 de Abril 1272). Casado em primeiro lugar com Isabel Marshal, em segundo lugar com Sancha da Provença, e em terceiro lugar com Beatriz de Falkenburg.
  • 3-Joana (22 de Julho de 1210-1238), a esposa de Alexander II da Escócia
  • 4-Isabel (1214-1241), esposa do imperador Frederick II
  • 5-Eleanor (1215-1275), que viria a casar em primeiro lugar, com William Marshal, 2º conde de Pembroke e depois com Simon de Montfort, 6º Conde de Leicester.