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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ricardo III


  • nasceu no Castelo de Fotheringay a 2 de Outubro de 1452
  • morreu a 22 de Agosto de 1485
  • foi o último Rei de Inglaterra da casa de York, entre 1483 e 1485.
  • Era filho de Ricardo, Duque de York e Cecily Neville, sendo o irmão mais novo de Eduardo IV, Rei de Inglaterra e de George, Duque de Clarence.
A sua subida ao trono foi marcada pelo desaparecimento dos seus sobrinhos (os príncipes na Torre) e iniciou uma revolta liderada por Henrique Tudor que provocou o fim da Guerra das Rosas.

A sua vida foi retratada por William Shakespeare na peça Ricardo III, entre em 1592 e 1593.

Ricardo nasceu numa altura em que o seu pai, o Duque de York, se afirmava como figura alternativa a Henrique VI, um rei fraco e influenciável.

Desta disputa iniciou-se a Guerra das Rosas. Após a execução de Ricardo de York ordenada por Margarida de Anjou depois da batalha de Wakefield, o pequeno Ricardo foi entregue aos cuidados do Conde de Warwick, então um firme apoiante da facção de York.

Em 1472 Ricardo casou com Anne Neville, a filha mais nova de Warwick, de quem teve o seu único descendente Eduardo de Middleham, futuro Príncipe de Gales.

Em 1461, o seu irmão mais velho sucede depondo Henrique VI e torna-se Eduardo IV de Inglaterra. Ricardo recebe o título de Duque de Gloucester e nos anos seguintes mostra ser um leal servidor de Eduardo.

Por contraste, George de Clarence nunca cessou de conspirar contra o rei e irmão e acabou executado em 1478. Ricardo acumulou o ducado com a nomeação de governador do rei para o Norte, onde se provou como líder militar de talento. A fidelidade ao rei e a competência na gerência do Norte trouxe outros benefícios e Ricardo tornou-se no nobre mais poderoso da corte.

Em Abril de 1483, Eduardo IV morre de repente, sendo sucedido pelo filho de 12 anos Eduardo V.

De acordo com o seu testamento, Ricardo de Gloucester é nomeado regente da coroa e protector do jovem rei e do seu irmão de 9 anos Ricardo, o Duque de York.

As disposições testamentárias de Eduardo IV não recebidas como boas notícias, principalmente pelos Woodville (os parentes da rainha consorte) que receavam ver a sua posição denegrida. Baseado em factos concretos ou não, Ricardo foi avisado pelo Lord Hastings de uma tentativa de o isolar dos sobrinhos e afastar do poder.

O Duque de Gloucester reagiu depressa. Enquanto Eduardo V regressava de Gales acompanhado pelo tio materno Anthony Woodville Conde Rivers, interceptou o cortejo e mandou prender e executar sumariamente Woodville e outros membros da família por alegada tentativa de assassinato.

A 22 de Junho de 1483, Ricardo de Gloucester faz ler uma declaração sua em que anuncia a sua intenção de se tornar rei, baseado numa alegada ilegitimidade de Eduardo V e do Duque de York. Três dias depois apresenta as provas perante o Parlamento, onde demonstra que o casamento de Eduardo IV com Isabel Woodville era bígamo, como tal nulo e sendo assim, a sua progenitura estava automaticamente barrada de aceder ao trono.

O Parlamento analisou as evidências e emitiu um documento conhecido como Titulus Regius, onde excluía o direito de sucessão dos filhos de Eduardo IV. Com esta medida, e uma vez que George, o Duque de Clarence, tinha sido executado por traição, Ricardo de Gloucester tornou-se rei de Inglaterra, sendo coroado a 6 de Julho.

Após a coroação de Ricardo III, Eduardo V e o Duque de York foram levados para a Torre de Londres e nunca mais foram vistos em público. A sua sorte é um dos mistérios da história de Inglaterra e Ricardo III um dos principais suspeitos de um possível assassinato.

Os métodos pouco convencionais que Ricardo III usou para subir ao trono, bem como o desaparecimento dos seus sobrinhos, lançaram rumores de usurpação e reacenderam a Guerra das Rosas.

Quase de imediato, estalou uma rebelião liderada por Henry Stafford, Duque de Buckingham, o seu antigo melhor amigo e aliado, que não tendo grandes hipóteses de aspirar à coroa por si, decidiu apoiar Henrique Tudor, Conde de Richmond. Ricardo III controlou esta ameaça e Buckingham foi executado em Salisbury em Novembro, mas Tudor já se encontrava a recrutar tropas em Gales.

Em Abril de 1484, Eduardo de Middleham, Príncipe de Gales, único filho de Ricardo III morre, deixando-o sem herdeiros. Por influência de Anne Neville, Ricardo nomeia então Eduardo Conde de Warwick (filho de 10 anos do Duque de Clarence), como sucessor, mas depois da morte desta muda de ideias e escolhe antes João de la Pole, Conde de Lincoln, um homem adulto que lhe era leal.

Em Agosto de 1485, Henrique Tudor e Ricardo III defrontaram-se na Batalha de Bosworth Field, que haveria de ser a última da guerra das rosas. Ricardo III perdeu o confronto graças à união dos seus inimigos e à deserção de uma parte importante do seu contingente, liderada pelo Lorde Stanley e o Conde de Northumberland.

A sua morte nesta batalha abriu o caminho para a subida ao trono de Henrique VII e início da dinastia de Tudor. Segundo Shakespeare as suas últimas palavras foram: "A horse! My kingdom for a horse!"

Ricardo III é um dos reis mais populares da história do Reino Unido, pela sua personalidade dúbia que inspira ainda hoje em dia acesos debates. Henrique VII patrocinou mais tarde John Morton, na sua biografia de Ricardo III, que basicamente se dedicava a denegrir a imagem do último dos York. Morton acusou Ricardo III de inúmeras malvadezes e lançou a acusação do assassinato dos sobrinhos. Recentemente, historiadores começaram a pôr em causa a correcção factual desta biografia escrita claramente com objectivos políticos.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Eduardo V

  • nasceu a 4 de Novembro de 1470
  • morreu a 1483
  • foi Rei de Inglaterra da casa de York, durante o ano de 1483, apesar de nunca ter sido coroado. Era filho do rei Eduardo IV de Inglaterra e da sua consorte Isabel Woodville.
Eduardo nasceu na Abadia de Westminster, onde a sua mãe encontrara refúgio durante o exílio do pai e breve restauração de Henrique VI. Foi criado Príncipe de Gales em Junho de 1471, depois do regresso definitivo de Eduardo IV ao trono.

Em Abril de 1483, Eduardo sucedeu ao seu pai, com apenas 12 anos. Juntamente com o seu irmão mais novo Ricardo, Duque de York, foi entregue à guarda do tio Ricardo, Duque de Gloucester, que também assumiu a regência.

Menos de três meses depois, Gloucester fez aprovar no parlamento uma resolução que declarava os filhos de Eduardo IV ilegítimos e portanto indignos de asceder ao trono. A decisão fundamentava-se em provas da união de Eduardo IV com uma tal Leonor Talbot, o que tornava bígamo o casamento com Isabel Woodville.

Uma vez que os restantes irmãos de Eduardo IV estavam já mortos, e os filhos de George, Duque de Clarence estavam barrados de asceder ao trono pela traição do seu pai, Gloucester declarou-se rei de Inglaterra com o nome de Ricardo III.

Eduardo V e o seu irmão Ricardo foram então levados para a Torre de Londres e nunca mais foram vistos em público. O que lhes aconteceu permanece incerto e é um dos mistérios da história de Inglaterra. O mais provável é terem sido assassinados, talvez por ordens de Ricardo III, que desejava assegurar a sua condição de rei. Para mais detalhes consulte Torre de Londres.

Eduardo IV



  • nasceu em Ruão(França) a 28 de Abril de 1442
  • morreu a 9 de Abril de 1483
  • foi um rei de Inglaterra da casa de York, que reinou entre 1461 e 1483, com um intervalo de alguns meses no período 1470-1471.
  • Era filho de Ricardo, Duque de York e Cecília Neville, sendo trineto, através do bisavô Edmundo de Langley, do rei Eduardo III de Inglaterra.


Eduardo nasceu em Ruão (França), durante uma campanha da guerra dos cem anos. Talvez devido ao ambiente militar da época, o seu nascimento como primogénito do Duque de York não foi comemorado devidamente.

Num documentário da BBC, levantou-se a hipótese de Eduardo ser na realidade o produto de uma relação adúltera de Cecília Neville e portanto ilegítimo. Na época, no entanto, não se questionou a sua paternidade e Eduardo foi educado como o herdeiro do Duque de York.

Em 1455, o rei Henrique VI expulsou o pai de Eduardo da corte, numa tentativa de reaver o poder perdido durante a convalescência da sua depressão. Ricardo de York não estava disposto a largar a governação sem luta e iniciou a guerra das rosas contra a casa de Lancaster, o partido do rei.

Depois de alguns sucessos iniciais, assistidos pelo general Richard Neville, Conde de Warwick, que incluíram a captura do próprio Henrique VI, em 1460 o Duque de York perdeu a batalha de Wakefield contra os exércitos comandados por Margarida de Anjou.

A rainha consorte não lhe perdoou a traição contra o rei e ordenou a sua execução. Com o pai morto e a sua cabeça exposta nas muralhas de York, Eduardo tornou-se Duque de York com apenas dezoito anos.

A sua inexperiência foi largamente compensada por Richard Neville, o seu mentor, que viu nele as capacidades de um líder nato, capaz de substituir Henrique VI. Enquanto Margarida de Anjou fazia campanha no Norte, Warwick tomou Londres no ano seguinte, aprisionou Henrique VI na Torre de Londres e Eduardo tornou-se rei de Inglaterra.

  • Reinado

Eduardo mostrou-se um rei consensual e após a sua subida ao trono não houve ameaças imediatas ao seu poder. Ao contrário do seu antecessor, tinha ideias muito próprias quanto ao que fazer e não era facilmente influenciável. Nomeadamente na questão da escolha da sua mulher.

Apesar dos conselhos de Warwick, que lhe diziam para encontrar a sua rainha numa casa europeia, ou, excluíndo essa hipótese, uma das suas filhas, Eduardo resolveu seguir os seus próprios desejos e casou em segredo em 1464. A escolhida era Isabel Woodville, uma viúva oriunda de uma família obscura, que de imediato saltou para a ribalta.

Warwick teve dificuldade em engolir este revés, ainda para mais sabendo que perdia poder e influência a favor dos Woodville a cada dia que passava. Passado algum tempo revoltou-se e levantou um exército contra Eduardo e aprisionou-o após a batalha de Edgecote Moor em 1469.

Warwick tornou-se então no senhor de Inglaterra em tudo menos na dignidade real. Mas a sua personalidade já lhe trouxera inimigos e a popularidade de Eduardo não lhe garantia sucesso.

Em 1470 é obrigado a fugir para França e encontra refúgio em Margarida de Anjou, aí exilada desde 1461. Agora sogro de Eduardo de Westminster, o herdeiro de Henrique VI, Warwick retorna a Inglaterra e consegue derrotar os exércitos de Eduardo.

Henrique VI é reposto no trono a 30 de Outubro e Eduardo é obrigado a fugir para a corte do cunhado Carlos, o Temerário, Duque da Borgonha.

Regressando a Inglaterra com o apoio de um exército borgonhês, Eduardo derrota o seu antigo aliado na batalha de Barnet em Abril de 1471 e em Maio destrói o resto das forças lancastrianas na batalha de Tewkesbury.

Com Eduardo de Westminster morto e Margarida de Anjou aprisionada, apenas o frágil Henrique VI se mantinha como ameaça ao seu poderio. A situação foi resolvida com o assassinato discreto do antigo rei.

Nos anos seguintes, Eduardo encontrou problemas dentro da sua própria família, nomeadamente com os irmãos Jorge, Duque de Clarence e Ricardo, Duque de Gloucester, ambos casados com as duas filhas de Warwick. Após uma tentativa de traição em 1478, Eduardo mandou executar Clarence, diz a lenda que por afogamento dentro de um barril de vinho.

Eduardo morreu de repente em 1483 e encontra-se sepultado no Castelo de Windsor. A sua morte pôs fim a um período de paz relativa. O seu filho Eduardo V foi rapidamente deposto pelo tio Ricardo de Gloucester, cuja subida ao trono, em virtude da sua impopularidade, lançou o episódio final na guerra das rosas.

  • Descendência
De Isabel Woodville (1437-1492):

  • Isabel de York (1466-1503), rainha consorte de Henrique VII
  • Maria de York (1467–1482)
  • Cecília de York (1469–1507), casou com o Visconde Welles
  • Eduardo V, Rei de Inglaterra (1470-k.1483)
  • Margarida de York (1472–1472)
  • Ricardo, Duque de York (1473-k.1483)
  • Ana de York (1475-1511), casou com Thomas Howard, Duque de Norfolk
  • Jorge de York, Duque de Bedford (1477-1479)
  • Catarina de York (1479-1527), casou com William Courtenay, Conde de Devon
  • Brígida de York (1480–1517), freira.